A Rio+20 começou sob desconfiança de muitas
centrais sindicais brasileiras. A Conferência
estava sendo conduzida pela ONU de forma
quase sigilosa, sem participação ou consulta
à sociedade civil. Grupos de composição de
consenso foram cooptados para algumas
atividades periféricas, mas, a representação
efetiva da classe trabalhadora e da sociedade
civil estava afastada até de informações básicas.
Não foram garantidos espaços para que a sociedade civil
pudesse falar e ser ouvida.Por isto a Nova Central, a Força
Sindical, a CGTB, a CTB e a UGTuniram-se para buscar transparência
junto ao Governo do Brasil e também na ONU com relação à participação
das centrais sindicais.
A Nova Central preparou-se para participar da Rio + 20 com presença
e propostas. Discutiu o tema entre diretores, organizou comissão
para cuidar e organizar a participação da Central nas atividades
programadas para a cidade do Rio de Janeiro.
Inclusive a Nova Central preparou estudos e projetos sobre a
questão do trabalho digno, a partir de situações reais de vida e
de trabalho de grande parte da população brasileira.
De um lado, a Nova Central propõe ações efetivas e imediatas
para conter a degradação, devastação e destruição definitiva do Cerrado
Brasileiro.
De outro, a questão das condições de trabalho nesta região, como
demonstração do que são, em geral, “Saúde e trabalho na economia
da área do Cerrado Brasileiro”.
Estes dois aspectos serão destacados pela Nova Central.
Outras propostas diferentes da Economia Verde
Há uma grande rejeição da proposta da ONU para a implantação de
um modelo de “Economia Verde”, em todos os países, o quem será
o tema central da Rio + 20. Mas o que a Economia Verde?
Há estudiosos respeitados e notáveis que apontam interesses dos
grandes monopólios internacionais, nessas propostas. Uma economia
verde, no modelo da ONU pode criar dificuldades para países em
desenvolvimento, como o Brasil, usar os seus recursos naturais
para o seu crescimento.
Não há compromisso explícito com as condições de trabalho, mas uma
orientação para que tudo seja facilitado para as agências da ONU
coordenarem os programas de implantação da economia verde.
Há uma tendência inevitável de
intervenção da ONU na soberania das nações em nome do
desenvolvimento sustentável. Quem sabe, até intervenções militares
serão justificadas como defesa da sustentabilidade.
É a proposta de uma nova hegemonia do capital. Um passo arriscado
para o colapso. A economia verde, com a necessidade de submissão
dos países às políticas fiscais e monetárias da ONU, ou seja, do Banco
Mundial e do FMI, os mesmos organizamos que tornaram ainda mais
agudas – ou, para economistas como Paul Krugman, a criaram – as crises
contínuas do mundo capitalista.
Observe que, os dois temas da Conferência, Economia Verde e Arranjos
Institucionais, estão interligados. Para participar da Economia Verde, no
modelo da ONU, o país tem que comprometer-se em fazer arranjos na
sua estrutura institucional.
Neste sentido, a Rio + 20 merece a participação das centrais sindicais.
E a Nova Central já está se preparando deste os fóruns sociais,
especialmente do Fórum Social Temático 2012, realizado em Porto Alegre.
A Nova Central terá uma posição crítica, pois, não defende e nem aceita
intervenções estrangeiras na soberania nacional de cada país; defende
um modelo de crescimento de desenvolvimento para o Brasil, com
valorização do trabalho, distribuição de renda e justiça social.
Por outro lado, os Empregos Verdes não podem ser a terceirização
indiscriminada da mão-de-obra, a falta de cobertura social ou salários
indignos. Não há, na proposta da Economia Verde, nenhuma perspectiva
mais concreta para o trabalho. Os documentos oficiais da ONU
não falam em valorização do trabalho, mas exigem submissão aos
compromissos de austeridade sustentável para cumprir os interesses
de grandes monopólios.
Antes e em primeiro lugar, a Nova Centrar está, e sempre vai
estar ao lado do trabalho, em defesa dos direitos da classe
trabalhadora. E as intenções das conclusões da Rio + 20 não
serão para beneficiar o mundo do trabalho, mas para
favorecer e continuar a enriquecer o reino do capital.
Fonte: Portal NCST
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