Omar José, presidente da CNTTT, e Edson Lima, diretor da Nova Central, denunciam arbitrariedade na prisão de policiais ferroviários. |
Os policiais alegam que foram pegos de surpresa. O grupo da
Polícia Federal chegou com cerca de 12 homens fortemente armados e prenderam os
agentes sem nenhuma explicação.
Durante a tarde, dezenas de policiais ferroviários realizaram um
protesto em frente à sede da PF. Eles foram se entregar à polícia para que
também fossem presos, já que também trabalham armados e não consideram justa a
prisão de apenas uma parte da equipe.
Segundo Edson Lima de Menezes, diretor da Nova Central, e que é
integrante da categoria, “não há nenhuma lei que proíba o exercício da nossa
profissão com armas. Inclusive participo de comissão nacional que trabalha pela
remontagem da Polícia Ferroviária Federal e até já existe lei para essa
transição. Vamos à Brasília para reverter essas prisões ilegais e arbitrárias.
Também vamos exigir providências imediatas junto ao Ministério Público
Federal”, assegurou Edson Lima.
A Polícia Ferroviária Federal tem 158 agentes trabalhando em
Pernambuco e mais de 200 servidores aposentados. Ainda não há previsão de
quando a categoria voltará a trabalhar.
A Polícia Federal convocou uma coletiva de imprensa para esta quinta-feira (28), quando informou que vai se pronunciar oficialmente. A repercussão das prisões ganhou dimensão nacional e, em outros estados, como São Paulo, funcionários do metrô podem paralisar por falta de segurança.
A NOVA CENTRAL manifesta apoio aos policiais ferroviários federais
e considera sem sentido essa ação da Polícia Federal. Está em pleno
funcionamento uma comissão bipartite que busca a normalização das atividades da
categoria, especialmente com a reorganização da Polícia Ferroviária que exerce
atividade fundamental para dar segurança nos metrôs e nos demais serviços de
transporte ferroviária.
Também a Confederação Nacional de Trabalhadores em Transportes
Terrestres-CNTTT, através do seu presidente, Omar José, considerou que houve
uma ação equivocada e exigiu que os trabalhadores presos fossem libertados
imediatamente.
Para o presidente da Nova Central, José Calixto Ramos, esse
episódio só reforça a necessidade urgente da reorganização da Polícia
Ferroviária Federal que, inclusive, é considerada, pela Constituição
Brasileira, como uma carreira típica de Estado, tamanha sua importância.
Agência Sindical
Nenhum comentário:
Postar um comentário