O CDES, na sua missão de assessoramento à Presidência da República sobre o desenvolvimento brasileiro que vem destacando o papel das infraestruturas para o crescimento econômico, a inclusão social e a sustentabilidade ambiental, é composto pelos Conselheiros da Sociedade Civil, em que José Calixto e Moacyr Auersvald fazem parte. “Muitos anos já se passaram e ainda estamos discutindo o mesmo problema de 80 anos atrás. Buscamos resolvê-lo, no entanto, até hoje nada foi feito. Percebemos que algo está errado, pois existem recursos e falta vontade política e gestão para implantação de um plano efetivo que minimize esta questão”. Ressaltou o presidente da Nova Central.
Segundo Moacyr Auersvald seria necessário que houvesse visibilidade aos trabalhos voltados ao saneamento básico. Só assim, governo e prefeitos colocariam em prática tudo que está sendo discutido na reunião, pois hoje o mais interessante é a construção de um prédio bonito, uma rodovia ou uma ponte, e não o saneamento básico para o país.
Esta primeira reunião do Grupo de Trabalho foi resultado de acordo firmado junto à Presidência da República na 39ª Reunião do Pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). O GT deverá tratar do tema das infraestruturas, buscando uma visão sistêmica como parâmetro de integração territorial, equidade, competitividade e sustentabilidade ambiental. O objetivo do encontro foi então, aprofundar o debate sobre saneamento, como parte fundamental da agenda da infraestrutura para o desenvolvimento brasileiro.
O presidente da ABDIB e coordenador da reunião Paulo Godoy, juntamente com o vice-presidente da mesma Associação, Newton Azevedo fizeram um apanhado geral sobre os principais pontos e estudos feitos sobre o tema tratado no encontro. Defenderam a criação de uma alternativa para a situação calamitosa em que se encontra o saneamento básico do Brasil. “Este projeto apresentado é mais um passo na tentativa de atender os desafios da universalização do saneamento básico em nosso país”. Finalizou.
Números estimados pela FGV
- As externalidades positivas da expansão do saneamento brasileiro teve uma redução de 25% nas internações e 65% da mortalidade, decorrentes de infecções gastrintestinais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS);
- A cada R$ 1,00 investido em saneamento, estima-se uma redução de R$ 4,00 em serviços de saúde relacionados a doenças veiculadas hidricamente;
- Diferença de 30% no aproveitamento escolar entre crianças com e sem acesso aos serviços de saneamento básico;
- Criação de 120 mil empregos no turismo, sendo mais da metade do nordeste gerando um aumento de R$ 1,9 bilhões no PIB do setor e uma massa de salário da ordem de R$ 935 milhões, além da valorização média de 18% dos imóveis que passarem a ter acesso à rede de saneamento.
Fonte : Agência Nova Central
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