Na última segunda-feira (3/03), trabalhadores do Instituto Penal e Carcerário da Colômbia (Inpec) anunciaram uma próxima greve nacional devido ao abandono estatal, a falta de pessoas para vigiar os detentos e a precária saúde dos guardas submetidos a uma carga de trabalho excessiva.
A presidenta da organização sindical, Sofía Guática, denunciou o descuido do governo em relação ao tema, como a ausência de uma política penal, a falta de recursos para criar a infraestrutura necessária e a privatização dos serviços de saúde e telefonia, que pioram a crise nesse setor.
Ao abordar o tema da superlotação nas prisões, que gera situações explosivas, ela afirmou que "em estabelecimentos como a prisão Modelo de Bogotá só existe um guarda para cada dois mil presos", que não dispõe, além disso, "dos recursos técnicos e tecnológicos imprescindíveis para cumprir sua função".
"O Estado deve criar os mecanismos necessários para uma revisão profunda da situação nas prisões", destacou Guática, depois de reiterar que os trabalhadores estão decididos a entrar de greve devido aos focos latentes de perigo nas prisões do país, que colocam sua vida em risco.
"A superlotação nas prisões da Colômbia supera 58%, uma cifra sem precedentes na história recente do país", sublinhou o Defensor do Povo, Jorge Armando Otálora, e agregou que em algumas prisões essa cifra chega a 400%.
Desde que chegou à Defensoria, o servidor público enfatiza a necessidade de declarar emergência carcerária, para que o Estado possa dispor dos recursos necessários para enfrentá-la.
Fonte: Prensa Latina
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